Theodore, um garoto do interior do Texas, se mudou para Nova Irque para cursar jornalismo em uma das melhores faculdades dos Estados Unidos. Nos últimos meses, entre provas e trabalhos da faculdade, ele dedica-se ao seu mais novo hobby, jogar videogame com seus amigos em um cyber café próximo da sua casa, porém sua realidade muda completamente, quando recebe um telefonema inesperado de sua mãe pedindo que o mesmo retorne para casa.
Ler maisQuando cheguei em Nova Iorque, me senti como um peixe fora d'água, eu cresci numa fazendo e de repente… PAH! O lado bom é que fiz amigos rapidamente.
Eu tenho um grupo de seis amigos, somos diferentes em vários aspectos, mas nos damos bem! John e eu cursamos o jornalismo, mas eu estou dois semestres na frente dele, vez ou outra ele me liga pedindo ajuda. Dean está praticamente formado em artes cênicas, ele até já fez algumas peças, Broadway aguarde que ele já está chegando! Jimmy faz dança contemporânea junto com o Kalel – E sim ele tem o mesmo nome que o Superman, mas fazer o que se o pai dele é um DCnauta? O irmão dele se chama Bruce! – Nathan cursa história e Eric ciência da computação.
Nós normalmente saímos juntos no fim de semana, mas dessa vez nossas agendas não bateram, então cá estou eu, em pleno sábado, sentado em frente a TV da sala comendo um hambúrguer, completamente entediado. Foi então que recebi um convite para participar de uma partida online de FreeFire, com John e Dean.
"Aleluia Senhor!!!"
Pego meus fones que estavam em cima da mesa de centro, sento no sofá e conecto o jogo.
— E ai galera — digo, mas não obtenho resposta. — Estão me ouvindo? — pergunto — Oi. — ainda nada — Meninos! MENINOS!
— Theodore não grita cacete! — exclama John.
— Foi mal aí John, achei que o meu microfone tava com problema. — explico.
— Eu acho que o meu ouvido que que tá com problema, quase fiquei surdo. — comenta Dean.
— Já pedi desculpa, Dean. — digo fazendo bico, mesmo que eles não pudessem ver.
— Tá bom, vamos parar de falar e vamos iniciar o jogo. — John fala de maneira impaciente. — Apertem play. — ele "ordena" reviro os olhos, logo o jogo começa, fico aguardando a ordem pra saltar do avião — Vamos descer aqui. — diz, então aperto o botão de comando — Não, não, aí não Theo olha no teu mapa vai indo para esquerda Theo. — brada comigo, bufo.
— Ai cala a boca John, eu sei o que eu tô fazendo! — respondo, ele pensa que eu sou incompetente por acaso?
— Tô vendo que tu sabe o que tá fazendo. — diz sarcástico, reviro os olhos outra vez.
— Tá bom, parem de brigar vocês dois e vamos jogar direito. — Dean fala tentando acalmar a situação — Onde é que vocês estão? Não tô vendo vocês!
Eu também não estava vendo nenhum dos dois, mas ouvia passos vindo na minha direção, me agacho e quando chega perto o suficiente eu percebo que era o Dean.
— Eu já te vi, Dean, tô indo aí! E você, Theo cadê? — John fala.
— Também já vi vocês tô indo. — respondo, levanto já seguindo até onde eles estavam.
Sob o comando de John, nós seguimos até uma casa, que aparentava estar abandonada.
— Beleza Theo você entra aqui, vasculha o andar de cima vê se encontra alguma coisa que sirva. Dean você fica aqui embaixo e vasculha o resto. Eu vou ficar de guarda lá fora. — John nos orienta quando encontramos uma casa.
— Certo. — Dean e eu dissemos ao mesmo tempo.
Subo as escadas, de repente um som estranho ecoa pelos meus ouvidos, começo a procurar a origem dele.
— Theodore o que você tá fazendo? — Dean me pergunta.
— Tô procurando de onde vem esse barulho! — respondo.
— Que barulho?
— Tá ficando doido Theo? — John fala.
Só então percebo que era meu celular que estava tocando esse tempo todo.
— Era essa merda de celular que toca sempre na hora errada! — exclamo enraivecido, recusando a chamada.
— Atende a gente te espera! — Dean fala e John suspira pesado.
— Que nada, depois eu atendo. — mas antes que eu pudesse fechar a boca o celular toca novamente. — Ah cara! Que saco! Quem é? — olho pro visor e meus olhos arregalam "Mãe?" — Tô saindo galera preciso atender é a minha mãe, depois eu volto. — saio do jogo, pego o celular apreensivo e atendo.
— Mãe!? Aconteceu alguma coisa? — pergunto preocupado, ela não era de ficar ligando.
— Oi filho, não aconteceu nada não, só seu pai e eu precisamos que você volte para casa nessas férias. — diz calma.
— O QUÊ?! — eu não estava acreditando.
Por qual razão eu deveria voltar? Nos últimos três anos que estou na faculdade eles nunca me pediram pra voltar, porque essa agora?
— Isso não é um pedido Theodore Smith. Quando as aulas terminarem você vai voltar para casa ou vai ficar sem a sua mesada. Você que escolhe. Estamos entendidos? — me dá um ultimato, contenho minha reação.
— Sim, mãe. — respondo derrotado, se eu ficassem sem mesada iria parar debaixo da ponte na melhor das hipóteses.
— Bom filho, agora que você já está avisado eu tenho que desligar beijo te amo.
— Também te... — ouço o som da chamada encerrada. — Quê? Desligou na minha cara? Sério?
Fiquei indignado, se fosse eu a fazer isso, era capaz dela pegar um avião do Texas pra cá só pra dar uma surra, mas ela pode! Ah! Isso é muita injustiça!
"OK agora se concentra Theodore, respirar fundo em uma semana você tá voltando para fazenda para ajudar os seus pais, vai ser uma longa temporada de tédio infinito, mas lembre-se é tudo pela sua mesada." — Sou tirado de seus pensamentos pelo bip do jogo, coloco os fones.
— E aí bora continuar a jogo? — pergunta John.
— Foi mal não vai dar. — respondo.
— Ué por quê? — John torna a perguntar.
— Tô sem cabeça pra continuar agora! Acabei de saber pela minha mãe, que serei obrigado a voltar pra casa nas férias. — sorrio forçado.
— Que coisa! — Dean exclama com um ar chateado. — Mas aconteceu alguma coisa, pra ela tá querendo que você volte? — ele pergunta.
— Ela disse que não, mas vocês sabem como são as mães. Além do mais não tem o que posso fazer, mas quando eu voltar para Nova Iorque, vamos nos encontrar no cybercafé. Ai meu jogo! — lamento eu estava em primeiro no ranking. — Tomara que ninguém bata meu recorde enquanto eu estiver fora.
— É quase impossível isso acontecer Theo. — Dean fala com ar de rir. — Você zerou aquele jogo, mais vezes do que é humanamente possível!
— Agora são 8 horas eu vou comer alguma coisa e já ir arrumando tudo por que daqui uma semana… Ah eu vou chorar. — digo quase aos prantos, eu amava meu antigo lar, mas amava muito mais a comodidade da cidade grande.
— Não seja dramático! — John resmunga.
— Não é drama John, eu vou ter que viajar mais de 1800 MILHAS! — me exalto. — Oh viagem sem fim que vai ser isso!
— Xiiii! Boa sorte e até a volta. Tchau. — Dean fala.
— Eu também te desejo sorte bro. — John diz.
— Vou precisar mesmo galera! Boa noite pra vocês. — digo e desligo a chamada.
"O que eu fiz pra merecer isso?" — passo as mãos pelo rosto, torcendo para que algo acontecesse e fizesse minha mãe mudar de ideia e me deixar por aqui mesmo!
Vinte anos depois, a casa estava cheia de vida e risos. O aroma de comida caseira preenchia o ar enquanto os preparativos para o tradicional almoço de domingo estavam a todo vapor. A mesa grande na sala de jantar estava decorada com uma toalha branca bordada à mão, herança de família, e arranjos de flores frescas colhidas do jardim. Na cozinha, Jenipher estava ocupada mexendo uma panela de molho enquanto dava instruções aos filhos. Thomas estava cortando legumes com habilidade, enquanto Diana arrumava os pratos na mesa com cuidado. — Diana não se esqueça das taças! — lembrou Jenipher, sorrindo ao ver a dedicação dos filhos. Jessica e eu estávamos do lado de fora preparando a carne. Olhava para dentro da casa ainda faltava três de meus filhos e suas famílias. Meus bisnetos corriam pelo quintal, brincando com o vovô Samuel, suas risadas ecoando pela casa. Mia e Barry chegaram junto com Willian e Sofie. Jessica já não tinha a vitalidade de antes, seus passos tornaram-se curtos a me
E lá se foram mais alguns anos, o relógio do tempo marcava “uma hora”, sessenta anos. Meus cabelos, antes castanhos, agora estão mais brancos, e as rugas no meu rosto são mais evidentes, cada linha contando uma história. A banda, que começou como um sonho juvenil, ainda existe. A formação mudou, mas a essência permanece na “família”. Mia, com sua voz poderosa, assumiu o vocal. Evan Rogers, com sua energia incansável, comanda a bateria. As gêmeas Lily e Rose Parker, sincronizadas como sempre, dominam as guitarras. Barry Jordan, com seu ritmo constante, segura o baixo, enquanto Ryan Bishop, com sua habilidade nos teclados e piano, completa a harmonia. E então há Jessica. Ela continua linda, como se o tempo tivesse parado para ela. Seu sorriso ainda ilumina qualquer sala, e sua presença é um lembrete constante dos dias dourados da nossa juventude. Acordo cedo e passo alguns minutos observando a mulher ao meu lado. Seu
Dois anos depois, nos mudamos pra Nova York, por causa da faculdade dos gêmeos.Estava sentado no sofá, ouvindo uma das demos do novo álbum, quando ouço vozes na porta da frente, mas logo reconheci serem meus filhos.— Jenipher caramba eu tava com a razão! — ouço a voz do meu filho e olho na direção da porta.— Razão? Você perdeu toda a razão quando…— O que ouve com o seu rosto? — digo ao ver a marca roxa no olho esquerdo dele.Me levantando imediatamente.— Ele brigou com um cara na frente da faculdade, se não fosse o Samuel aparecer pra apartar nem sei, acho que teria que levar ele pro hospital. — Jenipher me responde.— Filho, você não é disso o que aconteceu? — pergunto preocupado.— Bom foi o seguinte… — ele para de falar e olha para trás de mim. — Oi mãe…— Brigando na faculdade? Jessica estava parada na entrada, segurando nosso filho caçula no colo. O pequeno de 6 meses, mordia um cach
Depois do evento especial de aniversário de vinte anos do Bulletproof finalmente tiramos três meses de férias.Estava na cozinha, vendo minha linda esposa preparando o almoço. Um suave aroma de temperos e amor. Jessica estava os cabelos presos em um coque despretensioso, mexia habilmente os ingredientes na panela. Seus olhos brilhavam, e eu sabia que ela estava preparando algo especial.Me aproximei e a abracei por trás. Ela se virou, surpresa, e sorriu para mim. — O que você está fazendo? — perguntei, curioso.Ela riu, os olhos ainda brilhando. — Estou fazendo seu prato favorito! — disse ela. Eu a beijei suavemente, sentindo a textura dos seus lábios contra os meus. — Você é incrível! — murmurei. — Como consegui ser tão sortudo?Ela riu novamente, e eu a puxei para mais perto. — Talvez seja porque você tem um gosto excelente para escolher esposas. — brincou ela.Sorrio e a puxo pra um bei
O tempo voava, como se as manhãs se desdobrassem em segundos. Jenipher e Willian, com suas mochilas coloridas e sorrisos ansiosos, seguiam para a pré-escola. Os passinhos miúdos ecoavam no corredor, e eu os observava com um misto de orgulho e nostalgia. Como cresceram rápido!Mas era a caçula, a pequena Mia, que me fazia hesitar. Com seus três anos, ela estava prestes a enfrentar seu primeiro dia na creche. A mochila dela era quase do seu tamanho, e seus olhinhos curiosos buscavam respostas. Jessica ainda achava cedo para ela ir, mas sabia que seria bom para seu crescimento.O primeiro lugar que vou é a pré-escola o corredor estava repleto de expectativa e alegria. Jenipher e Willian, mãos dadas, entraram na sala de aula, onde a professora os aguardava com um sorriso acolhedor. As mochilas foram cuidadosamente penduradas nos ganchos numerados, e os pequenos rostos se iluminaram ao ver os brinquedos e livros coloridos dispostos nas mesinhas baixas.Willian,
Depois que a turnê terminou eu voltei pra casa, Jessica estava em repouso absoluto e minha mãe veio ficar com ela e as crianças.— Família! Cheguei! — digo entrando em casa.— Filho! — minha mãe vem me abraçar. — Que saudades mãe! Obrigado por ter ficado aqui com eles!— Imagina filho, eu faço com prazer! — ela me dá um beijo na bochecha. — Os pequenos estão no quarto, tirando um cochilo. Jessica ainda está na cama, a médica disse que o repouso é pra ver só o bebê espera até dia vinte.— Okay, obrigado, vou ver os pequenos! — digo a ela seguindo na direção do quarto deles.A luz suave do entardecer entra pela janela, iluminando o ambiente. Ao abrir a porta, vejo os pequenos aninhados em suas camas, respirando tranquilamente. Willian, com seus cachinhos bagunçados, segura um ursinho de pelúcia com firmeza. Jenipher envolta em um cobertor fofo, suas mãozinhas fechadas em punhos. Me aproximo, sentindo
Último capítulo