87. O atelier das memórias e o primeiro voo da nova fênix
O tempo, na Toscana, escorria como o mel dourado produzido pelas abelhas nos campos de girassóis. Anos haviam se passado desde a tempestade que quase consumira o mundo de Leonardo e Sabrina. Anos de paz, de silêncio curativo, de risadas que preenchiam os corredores da antiga vila de pedra, que agora era, inequivocamente, um lar. As sombras do passado, antes tão longas e ameaçadoras, haviam recuado, tornando-se apenas memórias distantes, lições aprendidas a um custo terrível, mas que agora serviam de alicerce para a vida que construíam.
Lorenzo Bellini Rossi, o pequeno Lio, era agora um menino de cinco anos, com a energia de um furacão e uma curiosidade que desafiava o mundo. Seus olhos eram os de Leonardo, de um azul profundo e inquisitivo, mas seu sorriso era o de Sabrina, aberto, radiante, capaz de iluminar o mais sombrio dos dias. Ele era a fusão perfeita de seus dois mundos, o símbolo vivo da união de duas linhagens marcadas pela tragédia, mas redimidas pelo amor.
Leonardo encontr