46. O santuário suíço
O traslado para a instalação secreta do governo suíço fora uma operação de precisão militar, envolta no mais absoluto sigilo. Leonardo, ainda convalescendo, mas com a febre finalmente cedendo sob os cuidados médicos intensivos que recebera na clínica após a intervenção do Inspetor Dubois, observava a paisagem alpina desfilar pela janela blindada do veículo anônimo. Ao seu lado, Sabrina segurava sua mão com uma força silenciosa, os olhos dela refletindo uma mistura de exaustão, luto pela morte de seu pai e uma determinação recém-descoberta. Beatriz, surpreendentemente, fora "convidada" a se juntar a eles, sua expertise digital considerada um ativo inestimável pela agência de Dubois.
O "santuário", como Dubois o chamara com uma ponta de ironia, era um complexo moderno e austero, escavado na rocha de uma montanha remota, invisível para o mundo exterior. Um labirinto de corredores brancos e assépticos, portas de aço com leitores biométricos e a presença constante de agentes suíços, discret