107. O grito do silêncio e a fúria gélida da fênix
O silêncio no comunicador de Leonardo foi a explosão mais violenta que ele já experimentara. Um vácuo ensurdecedor que arrancou o ar de seus pulmões e o chão sob seus pés. A voz de Sabrina, o riso cruel de Rocco, o som de uma luta desesperada, e depois… nada. Apenas o uivo do vento siberiano, que parecia zombar de sua impotência, de sua falha monumental. Ele ficara ali, ajoelhado na neve, por um tempo que não soube medir, o comunicador mudo em sua mão, o coração transformado num pedaço de gelo em seu peito.
Ele a falhara. Em sua tentativa de ser o estrategista, o mestre do jogo, ele enviara a mulher que amava direto para a armadilha mais cruel. O plano de distração na Sibéria, que ele julgara tão engenhoso, fora apenas o primeiro ato na ópera macabra de Viviana Costello. Ele dançara conforme a música dela, e o preço fora a captura de Sabrina.
Dmitri e Kenji, os dois Guardiões que o acompanhavam, observavam-no à distância, em silêncio, o respeito e a compaixão em seus rostos. Eles ente