Eu me encolhi no sofá, as palavras do Samuel ainda ressoando na minha cabeça: ele quer ser pai do nosso filho. E sei que ele está certo. Meu peito aperta só de pensar em deixar outra figura paterna tomar esse espaço que, no fundo, pertence ao Samuel. Mas eu também sei que Rigel ainda não está pronto para esse turbilhão emocional.
— Samuel... — começo, a voz trêmula —, não podemos fazer isso agora. Não agora!
Fecho os olhos e visualizo o rostinho dele, os olhinhos azuis que tanto lembram os do pai. E penso: como explicar que um estranho, mesmo que seja o pai verdadeiro, chega sem aviso? Seria cruel demais.
Mas então uma ideia começa a