Os dias vão passando, e as conversas com Diego começam a se tornar mais frequentes. Ele conta detalhes, cita nomes, antigos colegas da corporação que tinham ligações suspeitas com o tráfico, gente graúda, acima da lei. Cada frase dele vai montando um quebra-cabeça sombrio na minha cabeça. A morte do meu pai não foi obra do acaso.
Mas quanto mais conversamos, mais sinto os olhares em minha direção.
Durante o café da manhã, na fila do refeitório, noto dois detentos sempre de olho em mim. Homens que eu não costumava ver com frequência antes. Olhares curtos, mas incisivos. Não disfarçam o interesse.
No pátio, quando estou caminhando com Diego, o mesmo acontece. Eles nos