Bato duas vezes na porta do quarto dela. O sol ainda nem aqueceu direito a casa, mas eu já estou pronto pra sair. Ouço passos arrastados. A maçaneta gira e então… ela abre. A respiração me trava no peito.
Jade está ali. De pé. Com o cabelo bagunçado de quem acabou de acordar e... só de calcinha e sutiã de renda branca, bem pequenos, quase inexistentes. O contraste com a pele dela é quase poético. Peitos firmes, cheios. O frio do quarto acentuando tudo que não consigo — ou não devo — olhar.
Sinto a calça jeans pesar, apertar, doer. Baixo o olhar, tentando manter o foco em qualquer lugar que não seja nela. Mas ela apenas deixa a porta aberta e vira as costas, indo em direção ao closet como se eu não fosse nada.
E aí eu olho. Claro que eu olho. A calcinha fina, fio dental, abraçando aquele corpo como se tivesse sido feita sob medida. Cada curva, cada centímetro dela é uma maldição. Uma lembrança viva do que já foi meu — e do quanto ainda quero que seja.
Coço a barba, tentando conter o