Estamos todos ao redor da área da tirolesa, cercados por outras famílias e crianças ansiosas. O céu está limpo, o vento leve, e Rigel está na linha de frente, olhos brilhando, pulando de empolgação como se o coração dele fosse explodir de tanta alegria.
— Ele vai vir dali, mãe! Olha, dali de cima! — ele aponta para a torre no alto da estrutura metálica.
— Tô vendo, meu amor — sorrio, mesmo com o estômago revirando. Não consigo evitar de procurar por Samuel entre a multidão, mesmo sabendo que ele provavelmente não está ali. Meu olhar varre cada rosto, cada corpo... nada.
Então ouve-se um zumbido de motor e o burburinho ao redor se transforma em gritos agudos de excitação. As crianças vibram quando o dinossauro começa a descer pela tirolesa, veloz, movimentando os braços mecânicos e rugindo alto com um som ensurdecedor.
Rigel grita junto com as outras crianças, completamente tomado pela euforia.
— Ele tá vindo! Mãe, olha! Tá vindo!
— Eu tô vendo, filho — respondo, mas minha voz mal sa