Nova Iorque acordou embriagada de buzinas e poeira. Mas pra Clara, o dia começou como uma sinfonia de britadeiras — o tipo de trilha sonora que só um arquiteto apaixonado por desafios poderia amar.
Vestida num combo inusitado de bota de segurança + calça jeans + blusa preta de gola alta, ela pisou na entrada da obra com a segurança de quem estava pronta pra construir um império… ou destruir egos.
— Bom dia, caos — murmurou, olhando pro prédio ainda em esqueleto.
Talita veio atrás, segurando o tablet com cara de quem não teve tempo nem de tomar café. Vestia colete fluorescente, batom impecável e um humor afiado como serra elétrica.
— Acha mesmo que esse troço fica pronto até o fim do século?
— Com café, dinheiro e ameaças… tudo fica pronto.
— Ótimo. Porque eu já ameacei três fornecedores antes das oito da manhã.
A obra do prédio principal da Vellamo & Co. havia oficialmente começado. E não era qualquer reforma. Era o projeto que Léo impôs pessoalmente:
“Se não for você reformando, entã