Se Nova Iorque é uma cidade que nunca dorme, Clara havia se tornado o tipo de mulher que dormia… quando dava. Mas mesmo assim, com olheiras que valiam prêmios e cabelo preso num coque de guerra, ela sorria.
Porque os dias estavam bons. Os contratos da In.Arte Arquitetura entravam com uma cadência quase musical — residenciais de alto padrão, espaços corporativos, projetos sustentáveis e um convite ousado para um projeto público com verba estadual. A equipe crescia. As ideias borbulhavam. E, o mais insano de tudo: eles estavam dando conta.
Vic agora praticamente morava na sala criativa do estúdio, Sabrina comandava as negociações como se fosse CEO da Apple, e Talita estava virando referência em integração de ambientes com linhas orgânicas e brutalistas.
E Clara?
Ela andava com a alma no salto, e o corpo… no apartamento de Léo Vallemo.
Começou com uma noite aqui, outra ali. Até que virou rotina ela esquecer de voltar. Escova de dente duplicada, lingerie dobrada na gaveta lateral, tê