Já passavam das 10h45 quando os dois lados do tabuleiro de guerra estavam sentados na sala principal de reuniões do Burj Al Kifah Business Tower — uma estrutura colossal de vidro e aço, com painéis em madeira nobre e um ar-condicionado glacial que não conseguia congelar o clima entre os presentes.
Léo Vellamo, de terno escuro e expressão impenetrável, estava de um lado da longa mesa de vidro, ladeado por Miguel Costa, Simone, Rafaella Nogueira (advogada) e Henrique Duarte (o supervisor multitarefa).
Do outro lado, Assam Vellano recostava-se com a altivez de um lorde do caos. A expressão do velho tubarão dos negócios era um misto de tédio e provocação. Ao seu lado, Eduardo Klein, sorria como quem já sabia o final da história.
— Fico impressionado como vocês ainda acreditam que têm chance nesse contrato — murmurou Assam, cruzando as pernas com a calma de quem gosta de cuspir fogo entre sorrisos.
— O que me impressiona — rebateu Léo, sem sequer olhar — é como alguém que já deveria estar