VIENA – CASA VAZIA DOS VASQUEZ – 23h03
Miranda Vasquez terminava de limpar o sangue seco da lâmina. Estava sozinha. Como sempre preferiu estar. A informação havia chegado três horas antes:
Mikhail Santorini Russo.
Nova insígnia. Novo pacto.
Ela riu, amarga.
— Crianças brincando de tronos — murmurou.
Abriu um antigo diário de couro, com as iniciais V.C. em dourado. Cada página era uma lembrança do que a tornara perigosa. Mas naquela noite, tudo parecia convergir para um novo capítulo.
— Eles acham que paz é um acordo. Paz... é o silêncio que vem depois do último tiro.
Pegou um celular descartável e digitou:
> “O pássaro deixou o ninho. Sigam as asas.
Quero Mikhail vivo. E a mãe dele... se ainda existir, tragam também.”
Ela se levantou, jogou a lâmina na pia de aço e foi embora sem olhar para trás.
ROMA – SALÃO DOS MANDANTES – 04h10
Os velhos estavam reunidos. Seis líderes. Nenhum sorria.
O brasão novo circulava entre eles, projetado em holograma no centro da mesa: uma adaga negra atrav