O Eco do Que Não Foi Dito)
GENEBRA – SEIS DIAS APÓS O DIA DA CHAMA – 07h44
A cidade despertava devagar. Não havia sirenes, explosões ou protocolos de emergência. Mas ainda assim… o silêncio era denso. Como o ar depois da tempestade.
Leonardo II acordou com um gosto de ferro na boca. Tinha sonhado com sua mãe. Mas no sonho, ela não tinha rosto — apenas uma chama sobre o peito e palavras que ardiam sem som.
Levantou-se, andou até o espelho e ficou ali. Esperando que o reflexo lhe dissesse quem ele era.
Nada.
Apenas olhos — os mesmos de Dominick, com o pesar que fora de Domenico, e o vazio que ele não sabia se era dele… ou herdado.
GENEBRA – SALA DO CONSELHO V.O.C.E. – 08h00
Leonardo entrou em silêncio. Não convocara repórteres, nem alertas. Apenas os líderes do novo mundo estavam ali, à sua frente.
— Nos últimos dias, descobri algo que…
não cabe em linguagem.
Todos o observaram, atentos.
— Não se trata de poder. Nem de controle.
— Se trata de presença.
Algo que nos observa desde