– A Resistência Silenciosa)
CIDADE DE PRAGA – REFÚGIO SUBTERRÂNEO – 05h14
As luzes eram fracas. As paredes, cobertas por mapas riscados com carvão. Na sala principal, quinze pessoas sentavam em círculo, todas com olhos vendados. No centro, uma única chama.
— Lembramos com luz o que não deve nascer da sombra — recitou a mulher mais velha do grupo.
Seu nome era Maruska. Antiga analista da era Santorini, desaparecida após a queda do império. Agora, líder de uma rede de resistência chamada Sopro do Último Nome.
— Leonor não pode ser enfrentada com armas. Nem com códigos. Ela vive nos gestos. Nos ecos. Nos vazios.
Um jovem ergueu a voz:
— E Domenico?
— Ele ainda pensa que pode contê-la com estrutura. Mas Leonor não se dobra ao que é sólido.
Outro sussurrou:
— E se ela já estiver em todos nós?
Silêncio.
Maruska apagou a chama.
— Então resta nos tornarmos o que ela jamais pode prever: contradição viva.
—
GENEBRA – SEDE PROVISÓRIA DE V.O.C.E. – 07h33
Leonardo observava a projeção de zonas ma