Eu ainda estava sentada no chão da sala, cercada por aquele mar de dinheiro espalhado. O tapete já nem aparecia mais, só pilhas e mais pilhas de notas, algumas presas com elásticos, outras soltas, como se tivessem explodido ali. Era surreal. Era pesado. Era o império do Playboy desmontado diante dos meus olhos. E agora, tudo isso era responsabilidade minha.
A campainha tocou. Meus músculos travaram. Por um segundo, o pânico subiu pela garganta, será que tinham descoberto? Será que alguém sabia que eu estava com o dinheiro? Mas quando olhei nas câmeras, vi Gabriela. E atrás dela, Eric.
Meus olhos marejaram só de ver os dois ali.
Abri o portão, e ela entrou como um furacão.
— Que porra é essa, Isa? — Gabriela perguntou, olhando tudo em volta, os olhos arregalados ao ver o dinheiro. — Tá todo mundo falando do Playboy. A polícia tá atrás, a boca tá fervendo, e você tá com essa grana toda na sua casa?
Eric entrou logo atrás, em silêncio, mas com a expressão carregada de preocupação.