Eu saí do restaurante sem pensar em mais nada, apenas em resolver essa merda. Meus passos estavam firmes, a raiva me guiando como uma sombra, e a sensação de que a traição estava perto, mais próxima do que eu gostaria, era a única coisa que importava. Pardal e Nego Rato estavam logo atrás, sem pressa, como se a vida deles não dependesse do que aconteceria a seguir. Mas a minha dependia. Eu sabia que, se esse filho da puta tivesse realmente nos entregado, eu não podia deixar isso passar. O morro, a favela, o jogo, todo mundo tinha que ver que ninguém, mas ninguém, me traía e saía impune. O trajeto foi rápido. Rápido e tenso. Cada passo, cada esquina, eu sentia o cheiro da caça. A adrenalina fervia no meu sangue misturado com a dor do tiro, mas a fúria era maior. Muito maior. Jefinho. Filho da puta. Eu confiava nele para carregar a droga, fazer as entregas. E ele vendeu informação pros gambé. Me fudeu bonito. Deixou meu território vulnerável. Ele ia pagar caro. Subimos a viela ape
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