Resolvi as pendências na boca 7. O movimento estava intenso, como sempre. Dinheiro entrando, uns problemas rolando, gente falando mais do que devia... rotina. Mas eu resolvi tudo do meu jeito. Rápido e sem paciência.
Depois parti pro estúdio do meu tatuador. Já fazia tempo que eu estava com aquilo na cabeça. Mostrei para ele exatamente o que eu queria, sem muita conversa.
Duas tatuagens novas.
Uma no braço.
Outra na costela.
Fiquei o dia todo fora. Tinha coisa demais para fazer, e minha mente precisava de distração. Só o sexo não estava sendo o suficiente para calar os demônios.
No fim da tarde, fui para a salinha da boca principal. Entrei e o cheiro era de cigarro, pó e cerveja quente.
Pardal estava lá, sentado todo largado, com uma Brahma na mão e uma JBL tocando Simone e Simaria no último volume. A desgraça era real.
— Cara, se tu me disser que tá escutando sertanejo por vontade própria, eu te interno.
Ele nem me olhou.
— Ela me largou, mano...
— Quem?
— Gabriela.
Ele fez