Os dias passaram no ritmo frenético que a rua exige. Quando dei por mim, o baile do Chapadão já estava batendo na porta, e esse não era qualquer evento. Era o aniversário do dono, um cara que não sorria fácil, mas cuja palavra valia mais do que assinatura em contrato. Um parceiro antigo, daqueles que sabem jogar o jogo sem deixar rastros. O tipo de noite onde alianças se firmam com um olhar, onde uma troca de aperto de mão pode selar guerra ou paz. Eu não podia faltar.
Dessa vez, resolvi levar Isabela. Não era só um capricho ou um gesto romântico. Era estratégia. Ela precisava ver com os próprios olhos o que era o topo, o peso do meu nome, a forma como os olhares se desviavam quando eu passava. Ela sabia que eu era traficante, mas ainda não tinha noção do que isso realmente significava. Achava que era só o perigo, a correria, as armas. Não entendia o império. E mais do que isso, queria que todos soubessem que ela era minha. Que não era só a mulher que dormia comigo, era a que eu esco