Matheo Montclair
Quarta-feira.
O domingo em que Isabela deveria ter se casado com Rafael já parecia distante e, ao mesmo tempo, ainda recente demais. Quatro dias. Esse era o tempo exato desde que toda a história começou a tomar outro rumo e, inevitavelmente, me arrastar junto.
Acordei cedo como de costume. Mal despertei e já estava lembrando do jantar de ontem, da forma como ela riu, das provocações sutis, do toque leve de sua mão, que ainda estava impregnado na minha pele. O que está havendo comigo?
Fiz minha higiene matinal e ouvi o celular vibrando. Era o meu advogado:
— O contrato está revisado, senhor Montclair. Só falta inserir os dados da senhorita Andrade. Quando pretende formalizar?
— Te enviarei os dados o quanto antes, Dr. Fábio. Preciso que esteja pronto até domingo.
— Perfeito. E a aliança?
— Cuidarei disso. Mais tarde nos falamos.
— Certo, até mais.
Assim que desliguei, enviei mensagem para a joalheria:
“Aliança em ouro branco, simples, elegante, tamanho 13. Preciso par