Eu estava nervosa. Mais do que queria admitir. Teríamos que passar a noite aqui — e não me leve a mal, eu queria estar aqui. Eu queria passar a noite aqui. Mas as borboletas no meu estômago já tinham virado um vendaval. Além disso, eu teria que implorar para minha avó permitir. Teria que mentir para ela, dizendo que ficaria em um quarto separado.
Mas o quarto era o mesmo. Enorme, sim, mas uma única cama no centro.
Eu engolia em seco a cada minuto, enquanto o telefone chamava, chamava e chamava. Quando ela atendeu, senti meu coração disparar. Era hora de mentir. Era hora de implorar para que ela me deixasse ser eu mesma, finalmente. Ser adulta.
Nada ia acontecer entre a gente, não é? Apesar de estarmos juntos… apesar de ele ter me pedido em casamento. Não parecia o melhor momento. Ainda assim, o clima era tão romântico, ele estava sendo tão fofo, tão diferente do homem que eu conheci. Eu sei, pode ser a bobagem da paixão. Mas não consigo negar. O mar estava diferente, e eu queria estar