— Omar… oi. — murmurei, saindo do banheiro.
Eu estava toda desajeitada, tentando arrumar o cabelo, empurrando as mechas molhadas para trás das orelhas. E ele, como sempre, parecia saído de um sonho. Usava uma camisa polo impecável e uma calça de alfaiataria que provavelmente custava mais do que meu salário de um mês. Por um instante, me faltou ar.
Ver aquele homem — meu noivo — tão perfeito, me deixou quente. Tão quente quanto dentro daquele banheiro, quando minhas lembranças começaram a me atormentar. E aí veio a vergonha… aquela que ele nem imaginava que eu sentia.
Por que eu ficava assim só de olhar pra ele? Talvez fosse por falta de experiência… ou porque, no fundo, ainda era virgem, e minha avó dizia que só pensar em certas coisas já era pecado. Talvez. Mas como evitar? Meu coração batia forte, o corpo inteiro parecia aceso, e eu só queria me perder nos braços dele. Ser dele. Para sempre.
Mas, claro, eu mesma me repreendi. Não, Daphne. O homem é quem deve dar o primeiro passo. Só