Se dependesse de Glória, Daphne e Omar jamais seriam felizes. Não totalmente.

A verdade era simples: a felicidade de Daphne lhe causava náuseas.

Elas tinham um acordo — um pacto sujo, feito às pressas, no qual Daphne deveria cumprir uma condição que agora ela não tinha a menor intenção de realizar. E Glória sabia disso. Sabia que a menina quebraria o trato… e não fazia diferença o dinheiro que lhe prometera. Daphne já não queria nada além do marido. O amor tinha mudado tudo.

Mas para Glória, isso não era amor.

Era ameaça.

A tia do noivo via a esposa de Omar como um obstáculo — tosco, inconveniente, pobre. Uma garota saída de uma casinha alugada e simples demais, criada por uma avó rígida, sem pedigree, sem postura, sem berço.

Sem brilho suficiente para acompanhar o sobrinho.

Omar, na visão dela, merecia uma mulher à altura da família: fina, elegante, nascida entre colunas de mármore, cercada de herança e sobrenome. Não uma “pobrinha” que teve a sorte de ser notada.

Por ora, Glória dei