Eu voltei para casa naquela noite. Precisava ver minha família depois da lua de mel. Foram dias tão felizes que, ao mesmo tempo que eu queria viver para sempre dentro deles, senti também a falta da minha irmãzinha, da minha avó e daquele lar simples.
Assim que entrei, abracei minha avó com toda a força que tinha. Ela me analisou dos pés à cabeça, e viu meu olhar radiante. Eu estava realmente feliz — e queria deixar para trás todos os momentos tensos do trabalho.
Omara também estava lá e correu para me abraçar. Os dois juntos pareciam unha e carne, o que sempre me divertiu. Minha avó nunca suportou garotos rondando a minha porta. Quando eu tinha onze anos e ainda nem sabia o que era espinha no rosto, ela botava todo mundo para correr. Eu era desajeitada, desleixada, vivia com os dedos ralados de tanto jogar bola descalça na rua. Cresci naquele bairro, no meio daquelas crianças, livre, inteira.
E eu estava ansiosa para ver a minha melhor amiga.
Assim que ela chegou, a agarrei pelos braç