Na manhã seguinte ao confronto com Letícia, Julia acordou com náuseas fortes. Matheus correu para ajudá-la, segurando seu cabelo com cuidado enquanto ela vomitava no banheiro. Quando terminou, ela sentou-se no chão, pálida e tremendo.
— Talvez seja hora de procurar um médico — ele disse baixinho, limpando seu rosto com uma toalha úmida.
Ela assentiu.
— Eu tô com medo — murmurou. — Não do bebê. Mas de tudo o que vem junto.
Matheus se ajoelhou diante dela, os olhos marejados.
— Eu também tô. Mas a gente vai junto. Um passo de cada vez.
Mais tarde, enquanto Julia descansava no quarto, Matheus foi encontrar o pai.
O restaurante era discreto e reservado, como tudo que cercava os assuntos da família dele. O pai de Matheus já o esperava numa mesa de canto, com um copo de vinho caro e o terno perfeitamente alinhado ao corpo.
— Matheus. — Ele acenou, sem se levantar. — Espero que tenha vindo com mais clareza do que no último encontro.
Matheus sentou-se sem pressa.
— Vim com mais decisão.
— Óti