Capítulo Sessenta e Quatro

Os primeiros dias em casa com Aurora foram uma mistura de doçura e exaustão.

O silêncio que outrora preenchia cada canto da casa agora dava lugar a chorinhos súbitos, respirações pequenas e um caos suave que vinha em ondas. Eu não sabia que era possível amar alguém tanto e, ao mesmo tempo, se sentir tão esgotada.

Aurora dormia em intervalos curtos. Às vezes, por trinta minutos. Às vezes, por duas horas — um luxo. Eu ainda me recuperava das dores do parto, com os seios doloridos e um cansaço profundo nos ossos. Mas não reclamava. Porque quando ela olhava pra mim — mesmo que sem ver — era como se tudo fizesse sentido.

Na primeira noite em casa, Aurora chorou por quase duas horas. Eu já estava em prantos quando Matheus veio até mim no quarto, com o cabelo todo bagunçado, vestindo uma camiseta com manchas de leite, um olhar exausto… e um sorriso.

— Eu pego ela um pouco. Vai tomar um banho, Ju. Só dez minutinhos. Você precisa.

— Mas ela só se acalma comigo…

— A gente vai se acertar. Eu pro
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