Capítulo Sessenta e Cinco

O sol da manhã entrava pelas cortinas brancas do nosso quarto, filtrando a luz em tons dourados sobre a pele de Matheus e Aurora, dormindo lado a lado na cama. Ele tinha o braço estendido, protetor, como se mesmo adormecido não pudesse evitar o instinto de cuidar.

Fiquei ali por alguns minutos, apenas observando. Tão simples, tão bonito. Pela primeira vez em meses, eu conseguia respirar fundo sem sentir culpa ou medo grudado no peito. Tudo estava... calmo.

Quando ele acordou, virou-se devagar e sorriu com os olhos ainda meio fechados.

— Ela acordou alguma vez durante a madrugada? — perguntou com a voz rouca.

— Uma vez só. Mas você nem se mexeu, estava exausto.

Ele riu, arrastando a mão pelos cabelos bagunçados.

— Eu sonhei que a gente estava em uma livraria... e havia um livro seu lá. Na vitrine.

— Quem sabe não é um sonho premonitório? — brinquei.

Ele me olhou com aquele brilho de quem estava guardando um segredo bom, e se levantou, pegando o celular.

— Na verdade… talvez seja.

— Com
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