— Olá, meninas. — exclamou Alexander com um sorriso genuíno nos lábios, embora os olhos traíssem uma curiosidade vigilante. Seu tom carregava uma leveza quase ensaiada, como se quisesse dissolver, sem sucesso, a tensão suspensa no ar. — Estou atrapalhando a conversa de vocês?
As duas mulheres pararam de falar por um instante. Mas nenhuma respondeu de imediato. O silêncio que se seguiu era tão espesso que parecia cobrir a sala como uma névoa silenciosa. O tique-taque do relógio na parede tornou-se subitamente audível, marcando cada segundo com uma precisão incômoda.
Flor Bela, em seus braços, emitiu um som quase imperceptível — um suspiro entre o sono e o desconforto — como se sentisse o calafrio que passava entre os presentes.
— Agatha, você trouxe a Flor hoje? — murmurou Alexander, dando um passo à frente. Sua voz tinha um timbre suave, mas havia algo nela — uma nota de saudade ou felicidade — que não passou despercebida. — Será que eu poderia dar um beijinho e um abraço na minha