— E qual seria esse pedido, Alexander? — perguntou ela, com a voz baixa e calma, o sotaque arrastado como uma brisa morna que acariciava o fim da manhã. Seus olhos, castanhos e profundos, mantinham-se fixos nos dele, curiosos e cautelosos, como se tentassem decifrar o que se escondia por trás daquele olhar intenso.
— Eu poderia aceitar... — disse ela, inclinando levemente a cabeça, os lábios entreabertos num gesto de expectativa. — Mas vai depender do que será e também das suas intenções.
Alexander a observou em silêncio por alguns segundos, como se cada traço do rosto dela fosse uma pintura que merecia ser contemplada. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios — genuíno, harmonioso, quase tímido — revelando uma ternura inesperada. O brilho nos olhos dele parecia carregar algo mais profundo, uma promessa não dita.
Ele se aproximou devagar ainda mais, como quem respeita o espaço sagrado entre dois corpos prestes a se tocar. O perfume suave de Lorena — algo entre jasmim e baunilha —