Nos dias que se passaram, Tayanara respeitou o silêncio de Rangel. Ela não insistiu em mensagens, não tentou vê-lo.
Mas, em paralelo, tomou sua própria decisão: voltaria a trabalhar. E faria isso sem contar a ele.
Acordou cedo e preparou tudo com cuidado.
Separou os doces, organizou os lanches, certificou-se de que tinha trocas de roupa e fraldas para Dante.
Com o bebê acomodado no carrinho, saiu discretamente, como se evitasse que qualquer olhar a impedisse de seguir seu plano.
Nas ruas, sentiu a liberdade voltar pouco a pouco. O movimento das pessoas, os cumprimentos casuais, a rotina que antes era sua e agora retornava como uma peça que finalmente se encaixava.
Enquanto vendia seus produtos, Dante permanecia ao seu lado, às vezes acordado, observando tudo com olhos curiosos, às vezes dormindo tranquilamente ao som dos ruídos urbanos.
Por mais difícil que fosse, ela se sentia bem. Independente.
Rangel nem podia imaginar o que estava acontecendo, a dois dias, estava pensando