Foram dormir falando sobre a mudança dela, sobre quais coisas iriam vender, doar.
Eram exatamente 7horas da manhã quando a campainha tocou. Uma, duas, três vezes, insistente, como quem não tem dúvida de que será atendida. Rangel acordou com o som e já sentou na cama com um pressentimento incômodo.
— Não pode ser… — murmurou, esfregando o rosto. Foi atender.
Tayanara, ouviu o barulho da porta sendo aberta e, em seguida, a voz alta e inconfundível de Nazaré preenchendo a casa.
— Bom diaaaa! Cheguei! — anunciou, entrando com uma mala de rodinhas e um travesseiro debaixo do braço.
— Vim ver meu neto. E ficar uns dias, claro.
Sem esperar convite, foi direto para o quarto onde Dante dormia, tirando os sapatos no caminho e abrindo a porta com a intimidade de quem se sente dona do espaço.
— Cadê meu príncipe? Vem com a vovó! — disse, já pegando o bebê no colo, mesmo com ele ainda dormindo.
Tayanara estava na cozinha, Rangel foi atrás desconcertado.
— Mãe… você podia ter avisado, né?