Capítulo 73

Foram dormir falando sobre a mudança dela, sobre quais coisas iriam vender, doar.

Eram exatamente 7horas da manhã quando a campainha tocou. Uma, duas, três vezes, insistente, como quem não tem dúvida de que será atendida. Rangel acordou com o som e já sentou na cama com um pressentimento incômodo.

— Não pode ser… — murmurou, esfregando o rosto. Foi atender.

Tayanara, ouviu o barulho da porta sendo aberta e, em seguida, a voz alta e inconfundível de Nazaré preenchendo a casa.

— Bom diaaaa! Cheguei! — anunciou, entrando com uma mala de rodinhas e um travesseiro debaixo do braço.

— Vim ver meu neto. E ficar uns dias, claro.

Sem esperar convite, foi direto para o quarto onde Dante dormia, tirando os sapatos no caminho e abrindo a porta com a intimidade de quem se sente dona do espaço.

— Cadê meu príncipe? Vem com a vovó! — disse, já pegando o bebê no colo, mesmo com ele ainda dormindo.

Tayanara estava na cozinha, Rangel foi atrás desconcertado.

— Mãe… você podia ter avisado, né?
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