Rangel ficou sério
— Tudo indo.
Tayanara pegou Dante com cuidado e o colocou nos braços de Rangel, que ajustou o bebê contra o peito, sentindo o pequeno peso em suas mãos.
Ela se sentou no sofá, observando a expressão do pai enquanto ele olhava para o filho.
Por alguns instantes, o silêncio se instalou, apenas quebrado pelos pequenos movimentos e resmungos de Dante.
Então, Rangel soltou uma risada curta, uma risada sem humor.
— Você tá maluca, né não? — perguntou, com sua voz carregada de provocação.
Tayanara franziu a testa, confusa.
— O quê?
Ele apertou os lábios, com seu olhar sério e cheio de julgamento.
— Fui até sua casa. — revelou, seu tom firme.
— E disseram que você foi trabalhar. Na rua. Vendendo as coisas com o Dante.
O rosto de Tayanara se fechou, uma mistura de surpresa e irritação crescendo dentro dela.
Tayanara abaixou o olhar, segurando um suspiro pesado antes de responder.
— É verdade. — murmurou, com sua voz baixa, quase hesitante.
— Eu não quero depend