Tayanara observou Rangel por um instante, ainda segurando Dante no colo.
O silêncio pairava entre eles, mas ela sentia que precisava perguntar.
— Como tá sendo sua recuperação?
— Não sei se quer falar disso... — sua voz saiu suave, mas cheia de preocupação genuína.
Rangel respirou fundo, ajeitando-se melhor na cadeira de rodas, como se aquele assunto pesasse em sua mente.
— Complicada. — respondeu, soltando um suspiro curto.
— Eu preciso de muita fisioterapia…
— Todos os dias.
Tayanara assentiu devagar, absorvendo suas palavras.
— E isso vai te ajudar a voltar a andar?
Ele soltou uma risada curta, sem humor.
— Talvez. — desviou o olhar para um canto da sala.
— Mas não é garantia de nada. Ainda é cedo.
Ela sentiu um aperto no peito, mas não interrompeu.
— Além da fisioterapia, tem a dieta, os remédios… tudo precisa estar certo pra eu ter alguma chance.
— E lutar, já era.
Tayanara engoliu em seco, sentindo o peso daquela realidade.
— E você tá conseguindo seguir tudo cert