Rangel observou Tayanara com atenção, tentando decifrar os sentimentos que ela não verbalizava. A achou estranha, o silêncio dela dizia muito mais do que qualquer resposta direta.
Ele encostou ao lado da cama, mantendo o olhar firme nela.
— Você quer alguma coisa? Precisa que eu traga alguma coisa depois?
— Logo vai pro quarto.
Tayanara respirou fundo, sem energia para prolongar conversas desnecessárias.
— Não, obrigada. Só quero ver meu filho.
A simplicidade da resposta fez Rangel ficar com mais dó. Ele sentia que devia falar algo mais, fazer algo mais, mas ao mesmo tempo, não queria forçar nada.
— Assim que te liberarem, eu te levo até ele. Vocês vão ter muito tempo pela frente.
— Pra ficarem juntos. Ele vai ser seu companheirinho, grude da mãe.
Ela assentiu levemente, mas não demonstrou emoção. O momento era delicado, e ele sabia que forçar aproximação naquele instante não funcionaria.
Tayanara mal conseguia manter os olhos abertos, a exaustão tomando conta dela completame