Depois da resposta fria e dura de Tayanara, Rangel sentiu o peso real da situação, de precisar engolir sapo.
Não era só uma briga passageira ou um desentendimento leve. Era um acúmulo de mágoas que ele, sem perceber, ajudou a alimentar.
Ao chegar ao hospital, com a mala dela, ele ficou parado diante da recepção por alguns segundos, respirando fundo, tentando se preparar para vê-la naquele estado. Ele também teve medo, de perdê-los, naquele momento soube que não iria se perdoar, se algo acontecesse.
Quando entrou no quarto, encontrou Tayanara deitada, visivelmente abatida, com os olhos vermelhos de tanto chorar, ela estava inchada, tomando muita medicação na veia.
Ela olhou para ele, mas não disse nada de imediato.
Rangel colocou as sacolas sobre uma cadeira ao lado e soltou um suspiro pesado.
— Trouxe tudo. E comprei os produtos que pediu. Como você está?
— Não fica nervosa, vai dar tudo certo.
Ela apenas assentiu, sem expressão.
— Ahh tô com medo, mas sem dores. Ele estava me