Royal não conseguia acreditar no que acabara de ouvir, como se seus ouvidos simplesmente se recusassem a processar aquela informação. Estava tão atordoado que sua mente parecia ter ficado em branco, incapaz de aceitar aquela realidade. Em que momento ele havia negligenciado Coral a ponto de não perceber nada?
— Isso só pode significar... que alguém mais tem feito isso com ela. Na escola? Ou... aqui em casa? Quem seria capaz de machucá-la assim?
O médico o observou com preocupação, mas preferiu não dizer nada. Royal respirou fundo e se ajoelhou diante de Coral, olhando diretamente nos olhos dela.
— Coral... por favor, me diga a verdade. Quem tem feito isso com você? Não tenha medo, eu estou aqui pra te proteger.
A menina não respondeu. Seus lábios tremeram levemente, e ela fechou os olhos com força, como se segurasse as lágrimas. Royal colocou a mão em seu ombro, tentando transmitir segurança.
— Coral, eu não vou brigar com você. Prometo que não vou deixar mais ninguém te machucar, mas