Escolhas erradas cobram caro...
Edgar
O sol da tarde filtrava-se pelas grandes janelas do meu orquidário. Desde que Débora faleceu, decidi seguir seu ritual silencioso. O cuidado com as orquídeas que a minha falecida esposa realizava com tanto zelo. Após anos de casados, Débora fez dessas plantas um hobby. Era um dos momentos que a mantinha tranquila e centrada. Muitas vezes eu a acompanhava, observando-a serena e cuidadosa. A precisão e o toque leve nas pétalas.
Depois que ela faleceu, descobri que cuidar dessas orquídeas me acalmava. Talvez por exigirem paciência e atenção, duas virtudes que a vida, por vezes, me obrigou a reaprender. Enquanto borrifava a água sobre uma orquídea branca, não consegui conter meus pensamentos: o jantar com Helena. Fiz questão de ligar pessoalmente, dispensando o Fagner de contatá-la para mim. Helena aceitou com elegância.
Voltei a lembrar do semblante vitorioso do meu filho, quando afirmei que não vou financiar mais os projetos do Ricardo. Gustavo pode até negar, mas está envolvido p