Quase um namoro...
Gustavo
Despedi-me dos rapazes no bar de sempre, com um aperto de mão e algumas risadas.
– Ah, não, Gustavo! Fica mais um pouco, pô! Gritou Vinícius, já meio alto. – Ainda nem abrimos a próxima rodada!
– Fica nada! Emendou Felipe. – Esse olhar dele é de quem vai à caça hoje.
Dei uma risada curta, jogando umas notas na mesa.
– Você está quase certo, Felipe. Tenho um compromisso, logo mais.
– Compromisso? Vinícius arregalou os olhos. – Desde quando você avisa quando vai encontrar alguém? É coisa séria? É aquela moça da festa do Ricardo?
– Não interessa e dessa vez é diferente. Dei uma piscadela.
– Ih, rapaz…
Ouvi um coro de vozes zombando enquanto eu me afastava.
Sai do bar com o som das gargalhadas atrás de mim, o ar batendo no rosto. Entrei no carro, e respirei fundo, girando a chave. O motor roncou enquanto pegava velocidade. Por dentro me sentia inquieto. A imagem da Lívia não saía da minha cabeça. Do nosso beijo principalmente. Será que ela sairia comigo? Ou ia me deixar esperando?