Quero ficar sozinha...

Gustavo

Sai do meu quarto e parei próximo a porta do quarto da Lívia. Olhei o relógio de pulso e já passava das onze da manhã. A porta do quarto dela permanecia fechada. Bati distraído e nada. Respirei, ajeitei a minha camisa pelo reflexo do espelho no corredor e desci até o orquidário, onde meu pai em alguns finais de semana, gostava de cuidar das orquídeas com uma paciência cirúrgica. Hábito que herdou da minha mãe, depois que ela faleceu.

Eu ainda me recordava da noite anterior. Da forma que fiquei parado por alguns segundos no batente da porta do meu quarto, e senti o perfume dela no meu terno. Após o nosso abraço, depositei um beijo leve em seu rosto e desejei boa noite antes de sair. Havia uma coisa clara na minha cabeça: Lívia estava vulnerável e eu não usaria isso ao meu favor. Era uma linha que eu me recusava a atravessar.

Cheguei no orquidário e encontrei meu pai. Ele estava com um dos vasos sobre a mesa, a mão segurando um galho delicado, e a expressão serena enquanto conve
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