O dia mal tinha começado, mas James já sentia aquela inquietação desconfortável que costumava acompanhar seus pensamentos quando saíam do controle. Apesar da noite anterior ter sido tudo o que ele precisava — tudo o que, no fundo, sempre desejou —, a visita ao irmão ainda reverberava dentro dele, como um gosto amargo que não saía, por mais que tentasse.
Sentou-se na poltrona do escritório, soltando um longo suspiro, olhando pela enorme janela de vidro que oferecia uma vista privilegiada de Manhattan. A cidade seguia viva, pulsante, indiferente aos dramas que destruíam ou moldavam a vida de quem estava ali.
"E agora?" — pensou, passando a mão pela nuca, tenso.
Não era só desejo. Não era só paixão. Ele sabia, com uma clareza quase dolorosa, que amava Sophie. Que aquilo não era algo passageiro, nem fruto das circunstâncias. Era real. Era intenso. Era definitivo.
Mas... como? Como construir qualquer coisa a partir de tanto caos? Depois de tudo que viveram, depois de ela ter sido