O som das câmeras e dos flashes explodindo o aguardava antes mesmo que ele descesse do carro. James apertou a mandíbula, ajustou os punhos da camisa e saiu, mantendo a postura ereta, ignorando completamente a multidão que se formava na entrada do prédio.
— Sr. Carter! Sr. Carter! É verdade sobre seu irmão? — gritou um repórter.
— Algum comentário sobre o escândalo, senhor Carter? — disparou outro.
— Isso afeta a empresa? — questionou uma terceira, quase tropeçando no microfone na ânsia de se aproximar.
James fingiu que não ouvia. Passou direto, o queixo erguido, o olhar fixo na porta giratória que parecia mais distante do que nunca. A cada flash, sentia o corpo tensionar mais. Havia algo errado. Muito errado.
Assim que cruzou o saguão, avistou Michael já o esperando, com expressão apreensiva e passos ligeiros.
— O que está acontecendo? — James perguntou, seco, direto.
Michael ajeitou os óculos, apertou a prancheta contra o peito e respirou fundo.
— É sobre o senhor L