Fazia dias desde aquela última conversa no jardim. Dias em que, por mais que tentasse, James não conseguia reorganizar os próprios pensamentos. A escolha de Sophie — sua decisão de permanecer naquele casamento torto, sustentado por aparências, conveniências e dores mal curadas — o dilacerava de um jeito silencioso, mas constante.
Ela se culpava. E ele, mesmo querendo protegê-la, se via incapaz de fazer qualquer coisa além de assistir. E essa impotência doía mais do que qualquer provocação vinda de Liam.
Se culpava também. Pela sugestão inconsequente que deu meses atrás, de que ela aceitasse aquele casamento. Na época, parecia certo. Um escudo. Uma estratégia pra protegê-la da mídia, da opinião pública, dos julgamentos que, de tão cruéis, tinham sido fatais para Grace.
Grace. O nome, ainda hoje, doía como uma ferida aberta. Se aquilo se repetisse… Se algo acontecesse com Sophie. James sabia, com a clareza mais brutal, que ele não sobreviveria a isso. Que se tornaria algo irreco