Lucy segurava o diário dourado, o couro macio sob seus dedos, o pequeno cadeado brilhando à luz fraca do quarto. O colar de meia-lua em seu pescoço pulsou, quente, como se respondesse ao objeto em suas mãos. Ela olhou para Catherine, que hesitava na porta, os olhos tristonhos carregados de um peso que Lucy não entendia.
— Sua avó disse que eu devia te entregar quando você decidisse ficar — murmurou Catherine, a voz quase um sussurro, como se temesse o que o diário continha.
— Obrigada — disse Lucy, sem tirar os olhos do objeto, fascinada pelo mistério que ele prometia.
— De nada — respondeu Catherine, virando-se para sair.
— Espera! — exclamou Lucy, percebendo a ausência de algo crucial. — E a chave?
Catherine parou, hesitando antes de responder:
— Ela disse que você saberia abrir.
Lucy franziu a testa, confusa, enquanto Catherine se afastava. Olhou para o diário, puxando o cadeado, que não cedeu. Será que minha avó achava que sou uma trombadinha?, pensou, com um meio sorriso. Pegou