Valentina fechou o restaurante pela primeira vez desde que o inaugurou.
A decisão doía. Não apenas por orgulho, mas porque representava uma pausa forçada, uma quebra na rotina que ela tanto controlava. Mas depois do ataque, era isso ou encarar uma equipe assustada, um ambiente inseguro e uma mão ferida que a impedia até de segurar uma faca.
Sr. Dario e Sr. Costa — dois dos homens mais influentes da cidade — se uniram rapidamente para resolver a situação.
O agressor fora detido e entregue a contatos “discretos” dos dois, mas até agora o homem não falara nada. Nem um nome, nem um motivo. Apenas silêncio.
E isso a deixava louca.
Quem era ele?
Por que a atacou?
Foi por causa do evento... ou por causa dela?
Ela passou os dois primeiros dias em casa, trancada no apartamento. O curativo na mão era trocado por um enfermeiro que vinha pela manhã, mas mesmo com os cuidados, ela mal conseguia usar a mão direita.
Abrir uma garrafa d’água? Esqueça. Trocar de roupa? Uma batalha. Cozinhar? Um pesad