31

O silêncio estava ficando insuportável.

Não o silêncio do apartamento — esse até era bem-vindo.

Mas o silêncio dele.

Heitor havia sumido de vez.

Sem mensagem.

Sem sombra.

Nem mesmo aquela sensação de ser vigiada que a deixava nervosa, mas secretamente segura.

Era como se tivesse deixado um buraco no mundo.

Valentina fechou o laptop e esfregou o rosto com força.

Tinha passado a manhã inteira cruzando registros de Maré Alta Participações com as viagens da mãe, sem conseguir nenhuma pista nova.

Breno estava fora, rastreando um contato que dizia ter trabalhado com Augusto, anos atrás.

Sozinha, ela sentiu o peso de tudo vir sobre ela de uma vez.

— Não dá pra parar agora — murmurou para si mesma, levantando-se.

Vestiu uma jaqueta e pegou o carro emprestado de Breno, dirigindo até o antigo escritório de advocacia que cuidava dos contratos do Grupo Costa. O prédio estava fechado, abandonado, como se o tempo tivesse parado.

Atravessou o portão e encontrou a porta principal destrancada.
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