O sol ainda não havia nascido completamente quando Cecília abriu os olhos. O apartamento estava silencioso, e Enrico dormia ao seu lado, o rosto sereno, quase despreocupado. Pela primeira vez em dias, ela também havia conseguido repousar sem sobressaltos.
Levantou-se devagar, tentando não acordá-lo, e foi até a cozinha. Preparou café, ainda em dúvida se realmente deveriam ir. Fugir… era assim que soava. Mas ao olhar pela janela e ver o céu começando a clarear, pensou que talvez fugir fosse apenas outra forma de respirar..
Na tela do celular, o nome de Júlia piscava entre as notificações não lidas. Por impulso, Cecília mandou uma mensagem curta:
“Tá acordada? Posso te ligar.”
A resposta veio quase instantânea.
“ Sempre.”
Júlia atendeu o telefone no primeiro toque.
— O que aconteceu?
—Nada sério amiga só tô... meio perdida.
Júlia ficou em silêncio por um instante.
—Então vai me contar o que tá pegando ou eu vou ter que dar um jeito de arrancar?
Cecília soltou um riso fraco, mas os olho