As semanas que se seguiram pareciam correr com uma rapidez diferente, como se o tempo tivesse finalmente entendido que a vida deles estava entrando em uma nova fase — mais clara, mais leve.
O casamento foi decidido sem grandes anúncios, sem pressa, mas com uma certeza tranquila que surpreendeu até os dois.
Cecília havia dito um simples “vamos fazer” enquanto segurava Aurora no colo, e Enrico, sem hesitar, respondeu com um sorriso emocionado.
Desde então, a casa ganhou outra energia.
Júlia se tornou presença constante, dividindo-se como podia entre os turnos no bar e as horas dedicadas a Cecília. Era ela quem chegava com listas, ideias, amostras de tecidos, fotos de flores, referências de vestidos.
— Você tem noção de que o casamento está a um mês e você ainda não se decidiu entre duas cores praticamente iguais? — brincou Júlia certa tarde, segurando duas tonalidades de branco que só alguém com muita boa vontade conseguiria diferenciar.
Cecília riu, balançando a cabeça.
— É que… agora