Quando voltaram ao salão, Cecília sentiu todos os olhares sobre si — uns curiosos, outros desconfiados. Sorriu o suficiente para disfarçar o desconforto, mas por dentro o estômago parecia um nó.
Enrico não saiu de perto dela por um instante. Mantinha-se atento, o olhar duro sempre que cruzava com o de alguém da família dela. Cecília, por sua vez, evitava ao máximo se aproximar de qualquer um deles. Não queria provocar, nem dar margem para mais confusão.
Mas a tranquilidade não durou muito.
A mãe de Cecília se aproximou, o passo hesitante, mas o olhar firme.
— Cecília… — começou, num tom que fingia doçura — este não é um momento para manter a família longe.
Cecília virou-se devagar, o coração disparado.
— Vocês não deveriam estar aqui — respondeu, com a voz contida, mas firme.
— Filha, nós só...
— Já chega — interrompeu Enrico, a voz cortante. — Vocês não foram convidados pela Cecília. O mínimo que poderiam ter era amor-próprio para ir embora agora.
O silêncio foi imediato. A mãe de Ce