O tempo parecia ter desacelerado.
Os beijos de Enrico em Cecília se tornavam cada vez mais profundos, mas ainda guardavam uma espécie de cuidado que a fazia se sentir segura. Não havia pressa em suas mãos. Não havia cobrança nos toques. Ele não queria ultrapassar os limites dela — queria que ela mesma os desfizesse, no seu tempo, no seu desejo.
Ela estava sobre ele no sofá, com o corpo pressionado contra o dele, os cabelos caindo ao lado do rosto. Sentia o calor que emanava da pele dele, o perfume ainda fresco do banho, e a firmeza dos braços que a envolviam como se quisessem protegê-la do mundo inteiro.
Quando ele deslizou os dedos pela lateral de sua cintura, a respiração dela se descompassou.
— Cecília… — ele murmurou contra seus lábios. — Se a gente continuar aqui, eu não vou querer parar.
Ela sorriu, trêmula.
— Eu também não quero.
O olhar dele mergulhou no dela por um instante. Havia algo intenso ali, quase reverente. E então, com um gesto lento, ele a ajudou a se erguer. Em sil