Sérgio engoliu em seco, sentindo o peso daquela revelação. Cada tentativa de explicar, cada gesto de cuidado, agora parecia inútil diante da convicção que Abigail exibia. Ela não só duvidava deles — ela tinha certeza, segundo Regina, de que eles eram os culpados.
Abigail se encolheu sobre o leito, soluçando, enquanto Sérgio se aproximava, sem saber como confortá-la. Marcos e Luíza permaneciam imóveis, incapazes de encontrar uma palavra que revertesse a destruição silenciosa que acabara de ser desencadeada.
No canto do quarto, a verdade manipulada de Regina se consolidava, invisível, mas poderosa. Abigail agora carregava dentro de si a semente da dúvida e da raiva, e ninguém ali poderia arrancá-la.
O silêncio pesado se instalou, quebrado apenas pelos soluços de Abigail, enquanto os outros tentavam encontrar um caminho para reparar algo que, naquele instante, parecia irreparável.
O grito contido de Abigail ecoou pelo quarto, fazendo com que Sérgio se inclinasse rapidamente para tentar a