Na manhã seguinte, o sol entrava pelas janelas do quarto, iluminando suavemente o ambiente. O ar estava mais leve, mas ainda carregado de uma tensão sutil, resultado da noite passada. Dra. Helena retornou, entrando com passos tranquilos, o semblante sereno e acolhedor.
— Bom dia, Abigail — disse a psicóloga, com um sorriso gentil. — Como se sente hoje?
Abigail ergueu os olhos, ainda um pouco sonolenta, mas respirando com mais calma.
— Um pouco melhor… — murmurou, a voz ainda baixa.
Dra. Helena sentou-se próxima à cama, mantendo a postura acolhedora que permitia a Abigail sentir-se segura. A conversa começou devagar, explorando sentimentos e pensamentos que a menina ainda não havia conseguido organizar. Com paciência, Helena ouviu, validou emoções e ajudou Abigail a colocar em palavras o que sentia, sem pressa, sem julgamentos.
O tempo passou e, gradualmente, a conversa se aprofundou. Abigail começou a falar sobre o medo, a culpa e a insegurança que vinha sentindo. Sobre o pai, sobre L